A Áustria, a base do
Poder dos Habsburgos.
Provavelmente na
língua da Francônia, dos Francos, era Ostarrîchi .
Os Avaros, um povo nômade de cavaleiros da Eurásia - a
Europa e Ásia em conjunto - que migraram para a Europa Central e Oriental no
século VI.
A Planície da Panônia, mais ou menos delimitada pelas
montanhas dos Cárpatos, os Alpes, os Alpes Dináricos e os Balcãs, no século I
d. C. foi incluída no Império Romano, fez parte do Império Huno, do Reino dos
Gépidas (uma tribo germânica famosa por derrotar os hunos, após a morte de
Atila), do o Reino dos Ostrogodos, do Reino dos Lombardos, e por fim dominada
pelos Avaros da Eurásia, que organizaram o Avar Khaganate, ou Caganato Avaro,
em 567 e perdurou até 804.
Eram ricos e culto, pois tinha cultura própria.
O Poder Avaro ruiu em uma década, graças as Campanhas
Militares de Carlos Magno iniciadas em 790, conquistou a maior parte da
Panônia, até pelo menos ao rio Tisza.
Em 791, Carlos Magno conduziu outra campanha com ajuda do
seu filho Pepino de Itália.
Carlos Magno conquistou outra grande vitória contra os
ávaros em 796 que determinou o fim do Caganato Avaro e anexação total da
Planície da Panônia, mas só em 805, os últimos Avaros rebeldes são
definitivamente submetidos e massacrados ao ponto de desaparecerem totalmente.
“A operação naquelas plagas terminou
e Carlos Magno, para combater possíveis novas agressões em todo o vale do
Danúbio, criou uma Marca, com uma administração militar, e a denominou Marcha
orientalis (Östliche Mark, Ostmark) “.
Em 907 d. C. essa área foi
conquistada pelos húngaros e retomada em 10 de agosto de 955 d. C após a Batalha
de Lechfeld, uma vitória decisiva de Otto I, o Grande, Rei da Alemanha,
formalmente Rei dos Romanos, e da Itália, Duque da Saxônia, Imperador Sacro, contra
os magiares húngaros, chefiados por Horka Bulcsú, um dos líderes militares do Príncipe
Taksony da Hungria, o Grão-príncipe dos húngaros.
Com isso a atividade de
assentamento dos cristãos foi iniciada e novos Feudos foram estabelecidos, como
Ducados, Condados, Marcas, etc..
Em 976 d. C foi criado o
Ducado independente da Caríntia, a verdadeira base da atual Áustria.
Otto II, filho de Otto I, O
Grande, doou a Marcha orientalis (Östliche Mark, Ostmark), a Luitpold, ou Leopoldo,
da Casa de Babenberg, que foi Margrave de Áustria 976-994, e é considerado como
o primeiro dos governantes históricos da Áustria.
Considerado como o progenitor
da Casa reinante de Babenberg, da Dinastia dos Babenberg, Família Principesca
essa que contribuiu significativamente para a criação da Áustria.
Um de seus descendentes,
Leopoldo III, der Heilige, o santo, Margrave de Marcha orientalis de 1095 até 1136, foi canonizado em 15 de
Novembro de 1484, pelo Papa Inocêncio VIII, nascido Giovanni Battista Cybo,
213º Papa da Igreja Católica, e é o padroeiro da Áustria e de Viena. Sua festa
é 15 de novembro.
Leopoldo IV, der Freigebige, o Generoso, Margrave de Marcha orientalis de 1136 até 1141, foi
elevado a Duque da Baviera em 1139, pois ganhou esse Feudo histórico e importantíssimo
do Imperador Conrado III por ter lutado contra os Guelfos e soube mantê-lo sob
sua Coroa Ducal.
Foi
sucedido por seu irmão, Heinrich II, Jasomirgott, ou Henrique II, que foi Conde Palatino em Reno
(1140-1141), Margrave de Áustria (1141-1156), Duque da Baviera (1143-1156) e
finalmente Duque da Áustria (1156-1177).
Em 8 de
setembro de 1156, o Imperador Frederico I Barbarossa, em Regensburg, remove Heinrich II, Jasomirgott, ou Henrique II, do Ducado da
Baviera e eleva a Marca da Áustria em Ducado da Áustria, através do famoso
Privilegium Minus, confirmado Heinrich II, Jasomirgott, ou Henrique II, como o
primeiro dos Duques.
O último dos Babenberg
diretos, da Dinastia dos Babenberg, a ser Duque da Áustria e Estíria (em alemão
Steiermark; em latim Styria), foi Friedrich II, der Streitbare, Frederico II, o
Combativo, ou o Encrenqueiro, de 1230 até 1246.
Aqui começa uma grande confusão.
Uma disputa entre tia e sobrinha, na qual as duas saíram perdendo.
A sobrinha:
Gertrud von Babenberg, ou Gertrud von
Österreich, ou Gertrude da Áustria, Duquesa de Mödling, era sobrinha de Friedrich
II, der Streitbare, Frederico II, o Combativo, que faleceu sem herdeiros
masculinos, mas como pelo Privilegium Minus uma mulher podia herdar o Ducado da
Áustria ela era a Herdeira.
Gertrude, alegou “primogenitura”,
como a única filha de Heinrich der Grausame, ou Henrique, o Cruel, Duque de
Mödling, o irmão mais velho do Duque Frederick II, filhos de Luitpold
Glorreiche, ou Leopoldo VI, o Glorioso, ou a Gloria da Áustria, e de Theodora
Angelina, princesa bizantina da Dinastia Angelus.
Uma infeliz.
A tia:
Margarida de Áustria, filha
mais velha de de Luitpold Glorreiche, ou Leopoldo VI, o Glorioso, ou a Gloria
da Áustria, e de Theodora Angelina, princesa bizantina da Dinastia Angelus,
portanto a irmã mais velha de Frederick II, o Combativo, ou o Encrenqueiro, se opôs que Gertrud von
Babenberg, ou Gertrud von Österreich, ou Gertrude da Áustria, Duquesa de
Mödling, sua sobrinha, fosse a nova Duquesa da Áustria, alegando
que ela tinha mais direitos por “proximidade de sangue” com o finado Duque.
Margarida foi oi casada
primeiro com Henrique II da Suábia, filho de Federico II, stupor mundi, o
Estupor do Mundo, e Rei da Sicília, de Tessalonica, de Chipre e de Jerusalém, Rei
da Alemanha, Rei dos Romanos e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico
(Hohenstaufen), e sua primeira esposa, Constance de Aragão e Castela.
Henrique II da Suábia foi
eleito Rex Romanorum, co-Rei da Sicília e Duque de Suábia, mas depois se
rebelou contra seu pai, e Depois de vários anos preso, Henrique morreu em 1242,
em Martirano, hoje comuna italiana da região da Calábria, província de
Catanzaro, Itália, supostamente em consequência duma tentativa de suicídio. No
entanto, seu pai deu-lhe um funeral real e os seus restos foram sepultados na
catedral de Cosenza, hoje uma comuna italiana da região da Calábria, província
de Cosenza.
Uma outra infeliz ambiciosa.
Os Reis da Boemia da Dinastia Premislidas
(Přemyslovci em checo):
Venceslau I, ou tcheco Vaclav I.
Jednooký, da Dinastia Premislidas (Přemyslovci em checo), queria colocar suas
mãos na Áustria.
Em 1224, Rei Venceslau I da Boemia casou com Kunigunde de
Hohenstaufen, terceira filha de Filipe da Suábia, Rei da Alemanha, formalmente
Rei dos Romanos, de 8 de março de 1198 até 21 de junho de 1208, e sua esposa
Irene Angelina, princesa bizantina da Dinastia Angelus.
Venceslau e Kunigunde de Hohenstaufen tiveram os
seguintes filhos:
Vladislaus, Margrave de Moravia;
Ottokar II da Boêmia;
Beatrice de Bohemia, que casou com Otto III, Margrave de
Brandemburgo;
Agnes de Bohemia, que casou com Henrique III, Margrave de
Meissen.
Numa grande jogada política, Venceslau casou o Príncipe
Real e Herdeiro, Vladislaus, Margrave de Moravia, com Gertrud von Babenberg, ou
Gertrud von Österreich, ou Gertrude da Áustria, Duquesa de Mödling, e o casal
recebeu a homenagem da Nobreza austríaca.
Vladislaus, Margrave de Moravia, morreu pouco depois, em 3
de janeiro de 1247, antes que ele pudesse tomar posse do Ducado.
Viúva, Gertrude casou com Herman
VI, Margrave de Baden, Margrave titular de Verona, elevado a Duque consorte da Áustria e Styria,
reconhecido e confirmado como tal pelo Papa Inocêncio IV, em 14 de setembro de
1248, mas não era particularmente popular entre a Nobreza austríaca.
Em 4 de outubro de 1250 morreu envenenado.
O casal teve filhos, a saber:
Friedrich, faleceu em 29 de
outubro de 1268 na Cidade de Nápoles, decapitado com um amigo Conrado, dito Conradin,
Duque da Suábia, Rei de Jerusalém e da Sicília, que nunca tomou posse do Ducado
da Áustria;
Agnes von Baden-Österreich, ou
Agnes de Baden-Áustria, Duquesa de Caríntia e Condessa de Heunburg, casou com Ulrich
III von Spanheim, Duque da Carintia.
O fim da sobrinha:
Depois de muitas marchas e contramarchas,
de interesses atendidos ou subjugados pela força, Gertrude morreu como um
Abadessa do convento de Santa Afra perto Seusslitz em Meissen, em 24 de abril
de 1288.
Nesse meio tempo:
Margarida da Áustria, tia e
concorrente de Gertrudes, casou com o Príncipe Ottokar de Bohemia, o segundo
filho e próximo herdeiro de Venceslau I, (noiva tinha cerca de 26 anos a mais
que o noivo e era mais velha que o Rei Wenceslau I, seu sogro) o que fazia delas
concunhadas.
E a aristocracia austríaca aceitou
o casal como os novos governantes da Áustria.
Um ano depois, em 23 de
Setembro 1253, o Rei Venceslau I morreu, tornando Ottokar e Margarida os novos
Rei e Rainha de Bohemia.
Margarida de Áustria, agora
Rinha da Boemia e Duquesa da Áustria, era estéril, e Ottokar queria um Herdeiro.
O Rei Ottokar II pediu ao Papa
Alessandro IV, nascido Rinaldo dei Signori di Jenne, o reconhecimento do filho
ilegítimo que ele teve com uma das damas-de- Companhia da Rainha, mas não foi
atendido.
Em 1261, no papado de Urbano
IV, um francês nascido Jacques Pantaléon, conseguiu a anulação de seu casamento
com Margarida da Áustria, que abandonou a Boemia e fixou residência em Krumau
am Kamp, hoje no distrito de Krems-Land, no estado de Baixa Áustria, contudo,
Ottokar II manteve Áustria, Estíria, Caríntia, e Carniola, afirmando ser o
herdeiro designado por sua ex-mulher, Margarida, em seu acordo de divórcio.
Ottokar II manteve o domínio
dos Ducados até ser deposto pelo Rei Rodolfo I da Alemanha em 1276.
Margarida faleceu em 29 de
Outubro de 1266 no castelo de Krumau am Kamp usando o Título “quondam filia
Livpoldi illustris ducis Austrie et Stirie et Romanorum regina”, ou ‘filha do
ilustre Duque Leopoldo Duquesa da Áustria e Estíria e Rainha dos Romanos”.
Todavia, a inscrição Sepultura
na Colegiada de Lilienfeld é Margareta, Königin der Römer, Ehefrau von König
Ottokar II von Böhmen, Tochter von Herzog Leopold, + 1266, ou ‘Margarida, Rainha dos romanos, esposa do rei Ottokar
II da Boêmia, filha do Duque Leopoldo, † 1266’.
Mais, que é esse Rei Rodolfo I da Alemanha, que
em 1276, defenestrou a Ottokar II do Ducado da Áustria.
Rodolfo veio de uma família
nobre, os Habsburgos.
E é deles que vamos falar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário