D'azur au dragão
d'or au chefe d'ou uma L'Aigle de sable couronné d'or
Agnes de Waiblingen foi a segunda
filha de Henrique IV e de Berta de Savoia, irmã do Imperador Henrique V,
portanto nada mais natural do que recebe-se um Feudo, e no caso dela foi Waiblingen,
tanto que passou para a Grande História como Agnes
de Waiblingen
Ora, Agnes de Waiblingen
casou com Frederico I, Duque da Suábia, logo o Feudo de Agnes passou a
ser do casal, da Família dos de Hohenstaufen.
O filho do casal,
Frederico II, o caolho, casou com Judite da Baviera, cujo pai, Heinrich der
Schwarze, ou Henrique IX, o Negro, Duque da Baviera, da Dinastia dos Guelfos, o
traiu votando em Lotário III para Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos,
tornando-se assim inimigos, querendo ou não querendo.
No contexto das Guerras entre os Guelfos, agora parentes
de Lotário III, pelo casamento de sua filha Gertrudes com o filho de Henrique IX, o Negro, Duque da Baviera, também de nome
Henrique, Heinrich der Stolze ou Henrique, o Orgulho, e os Hohenstaufen,
houve o Cerco de Weinsberg, em 21 de dezembro de 1140.
Os
Hohenstaufen criaram nessa ocasião um grito de guerra, que alterava
ligeiramente o nome do Feudo de Waiblingen, e
foi ai que surgiu a palavra “Ghibellini “.
“Rei Conrado III da Alemanha
cercou o castelo, que se rendeu em 21 de dezembro 1140”.
“O Rei ordenou a execução de
todos os homens do castelo e deu o seu agradecimento às mulheres,
permitindo-lhes a sair com o bem mais precioso nas coastas”.
“Eles escolheram colocar seus
maridos como mantos às costas”.
“Quando o Rei viu o que estava
acontecendo, riu muito e aceito truque inteligente das mulheres, dizendo que um
Rei deve sempre manter [honrar] a sua palavra”.
“O local se tornou conhecido
como “O local das mulheres fies de Weinsberg” - Treue Weiber von Weinsberg – e
o castelo hoje é chamado Weibertreu (fidelidade das mulheres)”.
Guelfen / Welfen, em italiano
Guelfo, plural Guelfi, em italiano é a forma de Welf, a família dos Duques de
Baviera, isso incluindo Welf II, Duque de Baviera a partir de 1101 até sua
morte, que na genealogia dos Welf, ele é contado como Welf V, bem como de
Henrique, o Leão.
“Os Guelfos disseram ter usado
o nome como um grito de guerra durante a Batalha de Weinsberg em 1140, em que o
rival Hohenstaufens da Suábia usaram o Waiblingen, ou “Wibellingen",
tornou-se posteriormente Ghibellino em italiano”.
Assim surgiu os termos Guelfos
e Gibelinos.
Durante o reinado de Frederico Barbarossa quando esse
marchou na Itália, os seus apoiantes se tornaram conhecidos como Gibelinos
(Ghibellini).
Os participantes da “Liga
Lombarda, formada pelas cidades de Cremona, Mântua, Piacenza, Bérgamo, Brescia,
Milão, Bolonha, Pádua, Treviso, Vicenza, Verona, Lodi, e Parma, e alguns senhores,
como o Marquês Malaspina e Ezzelino da Romano, ficaram conhecidos como Guelfos
(Guelfi).
E o pau cantou na casa de
Noca.
Em tese “Os gibelinos eram,
assim, membros do Partido Imperial, enquanto os guelfos apoiavam o Papa”.
Na verdade, os Guelfos era
negociantes abastados, mas que viviam com medo das ambições Papais de aumentar
o famoso “Patrimônio de São Pedro”, mas que consideravam o Imperador, e os
seus, como uma ameaça permanente a suas famílias, seus interesses, seus
negócios.
Os Gibelinos eram nobres da
terra, e apesar de seus medos, consideravam que o melhor para eles, suas
famílias, e interesses, e defesa contra as ambições dos Papas, eram ser aliados
dos Imperadores Sacros.
A Batalha de Legnano, travada em 29 de maio de
1176, entre as forças do Sacro Império Romano, liderado pelo Imperador
Frederico Barbarossa, e a Linga Lombarda, deu vitória a Linga Lombarda
comandada por Alberto da Giussano.
“O assalto decisivo foi feito
pelo brescianos, que conseguiram romper as linhas, matar os guardas de corpo do
Imperador e seu porta-bandeira, e ferir Frederico que foi atirado de seu cavalo”.
“Acreditava-se que o Imperador
estava morto e as tropas imperiais bateram em retirada”.
“’ ...Então, para grande
alegria de todos, depois de três dias, Barbarossa apareceu diante dos portões
de Pavia, ferido e machucado, pois havia sido deixado para morrer’”.
Frederico viajou para Veneza e
lá foi assinado o Tratado ou Paz de Veneza de 1177, entre ele, os
representantes do Papa Alexandre III, nascido Rolando Bandinelli,– Frederico
tinha seu próprio Papa, o antipapa Calisto III,
e por isso havia sido excomungado – portanto o reconheceu como o 170º Papa da Igreja Católica, teve a
excomunhão suspensa, reconheceu o senhorio papal sobre Roma e sobre o
Patrimônio de São Pedro, concluída uma paz de quinze anos entre o Imperador e Guglielmo
II di Sicilia, dito il Buono, Rei da Sicília, da Dinastia di Altavilla (em
francês Hauteville ) uma das famílias Normandas do sul da Península italiana, abrindo o caminho para os anos dourados da
Sicília de paz e prosperidade
A cerimônia foi majestosa:
“Em 24 de julho, o Papa da
Basilica di San Marco enviou uma delegação de Cardeais para o Imperador no Lido,
na foz da Lagoa de Veneza, onde Frederico estava escoltado por Sebastian Ziani
, o Doge de Veneza , e Ulrich von Treven II , o Patriarca de Aquileia, e outros
nobres de Veneza e outras partes do Império. Solenemente os Cardeais da
delegação papal levantaram formalmente a excomunhão que até então tinha sido
colocada em cima dele. Ouviu-se exclamações de regozijo de ambas as partes”.
Os Membros da Linga Lombarda
não ficaram satisfeitos com os termos da Paz de Veneza que lhes garantia uma
paz de seis anos, e continuaram a lutar contra o Império.
O Tratado de Constança ou a
Paz de Constança de 1183, assinada na Cidade de Constança (em alemão: Konstanz)
hoje uma cidade universitária no sul da Alemanha e a maior cidade nos arredores
do Lago de Constança (alemão: Bodensee), no distrito de Konstanz, na região
administrativa de Freiburg, estado de Baden-Württemberg, trouxa a paz entre Frederico
e os membros da Liga Lombarda.
“As cidades do Reino da Itália
obtiveram jurisdição local sobre seus territórios, a liberdade de eleger seus
próprios conselhos e decretar a sua própria legislação, bem como para manter
sua aliança na forma da Liga Lombarda”.
“No entanto, seus cônsules
tiveram que fazer o juramento de fidelidade ao imperador do Sacro Império
Romano e dele receber a investidura, bem como os imperiais juízes, que tinham a
prerrogativa de julgar recursos em alguns distritos na Itália, foram colocadas
sob administração imperial direta”.
Com a confusão que se
estabeleceu no Império e na Itália após a morte de Frederico Barbarossa, as
Cidades deixaram de cumprir o acordo, mas essa é outra conversa.
Contudo, “o confronto entre os
Guelfos e os Gibelinos continuaram até cerca de 1250, e depois só na Toscana
(onde eles se originaram), com os nomes "partido da igreja" e
"partido imperial" preferido em algumas áreas”.
Na luta pelo Diadema Imperial
os Guelfos e os Gibelinos novamente se manifestaram.
Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstaufen, foi apoiado pelos
gibelinos, seu genro, Otto de Brunswick, foi apoiado pelos guelfos, na disputa.
Filipe da Suábia ou Filipe de Hohenstaufen tinha sido
excomungado, mas mesmo assim “em 8 de março de 1198, em Mühlhausen, os princeps
o elegeram Rei dos Romanos e, em 8 de setembro, em Mogúncia, ele foi coroado
pelo Arcebispo de Tarentaise”.
Enquanto isso Otto de Brunswick, também foi eleito Rei.
O Papa Inocêncio III, como
Filipe ainda era um excomungado e os Hohenstaufens foram uma ameaça ao papado
anteriormente, decidiu em favor de Oto IV, em 11 de março de 1201, colocando os
partidários de Filipe sob interdito da Igreja.
Era a derrota.
“Felipe da Suábia ou Filipe de Hohenstaufen estava em guerra
contra Otto e resolveu ir pessoalmente liquidar com a rebelião instalada em m
Brunswick-Lüneburg, quando ele passou a Bamberg, a fim de participar como
convidado no casamento de sua sobrinha Condessa Beatrice II da Borgonha com Duque
Otto de Merania, foi o conde de Borgonha como Otto II, por seu casamento com a
mesma Beatrice II da Borgonha, em 21 de junho de 1208”.
Depois da cerimônia, Felipe se
retirou para seus aposentados, onde ele foi assassinado pelo Conde Otto VIII de
Wittelsbach, que escapou”.
“Segundo alguns historiadores o Conde Otto VIII de Wittelsbach culpava o
Rei Felipe pelo termino de seu noivado com Gertrude da Silésia, pois o pai
dessa, Henrique I, o Barbudo, Duque da Silésia, de Opole, de Kalisz, da Alta
Polônia, depois de toda a Polônia, soube do caráter do noivo de sua filha que
era cruel e instável, e acabou com o compromisso”.
Esse assassinato é historicamente conhecido como “O regicídio de Bamberg”.
Assim, Otto venceu e se
tornou Otto IV, único Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, a partir de
1208, e Imperador do Sacro Império Romano a partir de 1209, até que ele foi
forçado a abdicar em 1215. O único Rei alemão da Dinastia dos Welf, ele
provocou a ira do Papa Inocêncio III e foi excomungado em 1210.
Felipe foi o primeiro Rei sagrado e coroado a ser assassinado desde a
época da dinastia merovíngia.
Depois ele foi Alberto I de Habsburgo, Duque da Áustria, da Estíria, da
Carniola, e da Marca Vindica, Rei da Alemanha, formalmente Rei dos Romanos, de
27 de julho de 1298 até 1 de maio de 1308, coroado na Catedral de Aachen em 24
de agosto de 1298, que foi assassinado em 1 de maio de 1308, em Windisch no Rio
Reuss, por seu sobrinho João, o Parricida, a quem havia privado de sua herança.
Sucedeu a Otto e a Felipe, outro Hohenstaufen, Frederico II, “de 1198 foi
Rei da Sicília, a partir de 1212 foi Rei romano-germânica e de 1220 até a sua
morte, o imperador do Sacro Império Romano. Além disso, desde 1225 portava os títulos
de " Rei de Tessalonica, Rei de Chipre, Rei de Jerusalém" e do seu
reinado 39 anos como Imperador romano-germânico, ele passou 28 anos na Itália”.
“Esteve em luta quase constante com os Estados Pontifícios e, apesar de
excomungado duas vezes, tomou parte na VI Cruzada (1229), que conduziu como
diplomata e não como guerreiro”. “Inocêncio IV destituiu-o no concílio de Lyon
(1245)”, mas não valeu.
“Gregório IX chegou a chamá-lo de Anticristo e, provavelmente por isto,
quando ele morreu, surgiu a ideia de que ele voltaria a reinar de novo em 1000
anos”.
“Frederico II possuía relação parental com um dos mais importantes
doutores da Igreja Católica: era primo de Tomás de Aquino”.
Foi um dos mais poderosos imperadores do Sacro Império Romano da Idade
Média e de grande cultura, e sobre ele escreveu “o professor Donald Detwiler:
Um homem de extraordinária cultura, energia e
capacidade - chamado por um cronista contemporâneo estupor mundi (a maravilha
do mundo), por Nietzsche o primeiro europeu, e por muitos historiadores o
primeiro governante moderno - Frederick estabelecido na Sicília e no sul da
Itália algo muito muito parecido com um reino moderno, regido através de um
poder central, com uma burocracia eficiente”.
Um homem desse não podia ser do agrado dos Papas, nem de alguns príncipes
alemães e italianos, mas “falando seis línguas (latim, siciliano, alemão,
francês, grego e árabe), Frederico era um ávido patrono da ciência e das artes”.
“Em 1224 ele fundou a Universidade de Nápoles, a mais antiga universidade
do estado do mundo: agora chamado Università Federico II, manteve-se o único Atheneum
do sul da Itália durante séculos”.
“Desempenhou um papel importante na promoção da literatura através da
Escola siciliana de poesia”.
“Sua corte real siciliana em Palermo, de cerca de 1220 até sua morte, viu
o primeiro uso de uma forma literária de uma língua, o siciliano”.
“A poesia que emanava a escola teve uma influência significativa sobre
literatura e sobre o que viria a se tornar a moderna língua italiana”.
“A escola e sua poesia foi saudado por Dante e seus pares e são
anteriores em pelo menos um século, o uso do idioma toscano como língua
literária elite da Itália”.
“Frederico não acreditar em coisas que não poderiam ser explicadas pela
razão, pois era um cético religioso”.
“Seus inimigos papais o denominaram preambulus Antichristi (antecessor do
Anticristo) pelo Papa Gregório IX, e, como Frederico alegadamente não respeitou
a potestatis privilegium da Igreja, ele foi excomungado”.
“Muitas de suas leis continuam a influenciar as atitudes modernas, como a
sua proibição de médicos que atuam como seus próprios farmacêuticos”.
“Um duro golpe para o charlatanismo ao abrigo do qual os médicos
diagnosticado doenças duvidosos para vender inúteis "curas", até
mesmo perigosos, e para a venda de relíquias milagrosas de santos pela igreja Católica”.
Morreu em 13 de dezembro de 1250, em Castel Fiorentino, na Puglia, região
da Itália meridional, cuja capital é Bari.
“Após sua morte, sua Linhagem masculina morreu rapidamente e a Casa de
Hohenstaufen chegou ao fim”.
“Após a morte de Frederico II, em 1250, o reino alemão foi dividido entre
seu filho Conrado IV (falecido em 1254) e do anti-Rei, William da Holanda
(falecido em 1256)”.
“A morte de Conrad foi seguida pelo Interregno, durante o qual nenhum rei
poderia obter o reconhecimento universal, permitindo que os príncipes de
consolidar suas participações e se tornar governantes ainda mais independentes”.
“Depois de 1257, a coroa foi disputada entre Richard da Cornualha, que
foi apoiado pelo Partido os Guelfos e Afonso X de Castela, que foi reconhecido
pela parte Hohenstaufen/ Gibelinos, mas nunca pôs os pés em solo alemão”.
“Após a morte de Richard, em 1273, o Interregno terminou com a eleição
unânime de Rudolf I (também conhecido como Rudolf de Habsburgo) (em alemão:
Rudolf von Habsburg, em latim: Rudolphus)”.
Contudo, a A divisão entre guelfos e gibelinos foi especialmente
importante em Florença, embora os dois lados frequentemente se rebelaram contra
o outro e tomou o poder em muitas das outras cidades italianas do norte”.
“Em Florença e em outros lugares os guelfos normalmente incluídos
comerciantes e burgueses, enquanto os gibelinos tendiam a ser nobres”.
“Eles também adotaram costumes peculiares, tais como o uso de pena em um
determinado lado de seus chapéus, ou cortar fruta de maneira particular, de
acordo com a sua filiação”.
“Finalmente os Guelfos superaram os Gibelinos e começaram a lutar entre
si”.
“Por volta de 1300 os guelfos florentinos haviam dividido em Guelfos
Pretos e Guelfos Brancos”. “Os negros continuaram a apoiar o papado, enquanto
os brancos se opunham a pontifícia influência, especificamente a influência do
Papa Bonifácio VIII”.
“Dante Alighieri estava entre os apoiantes dos guelfos brancos, e em 1302
foi exilado quando os guelfos negros tomaram o controle de Florença”.
“Em 1325, as cidades-estados de Bologna, uma cidade dos Guelfos, e
Modena, uma cidade Gibelina, lutaram a Guerra do Balde ou a Guerra do Balde de
Carvalho, na Emilia-Romagna, que era então território de Bolonha, quando
soldados de Módena entraram furtivamente no centro da cidade de Bolonha, e
roubaram um balde repleto de saque e voltaram a Modena”.
“Os bolonheses humilhados declararam guerra à Modena”.
“As duas cidades-estados envolveram-se em combate na batalha de
Zappolino, onde Módena atacou Bolonha, embora as perdas foram mais ou menos
iguais em ambos os lados, com uma perda total de 2.000 homens”.
“A guerra foi uma vitória decisiva de Modena sobre Bolonha, e o balde
ficou nas mãos dos habitantes de Modena e esse fato levou ao ressurgimento de
fortunas gibelinos.”
“Em Milão, os guelfos e gibelinos colaboraram na criação da República
Ambrosiana em 1447, mas ao longo dos próximos anos envolvido em algumas
disputas intensas”.
Os Guelfos tomaram o poder e impuseram uma cruel ditadura e os Gibelinos
conspiraram para derruba-los, descobertos foram massacrados, mas seus líderes
fugiram em 1449.
“Depois de Francesco Sforza foi elevado a Duque pelo Senado de Milão em
1450, muitos Gibelinos que fugiram, como Filippo Borromeo e Luisino Bossi,
foram restaurados em suas posições de destaque na Cidade-estado”.
“No século 15 os guelfos apoiaram Carlos VIII, Rei da França, durante a
sua invasão da Itália no início das Guerras Italianas, enquanto os gibelinos
eram apoiantes do imperador Maximiliano I, de Habsburgo”.
“No curso das Guerras Italianas de 1494-1559, o cenário político mudou
tanto que a antiga divisão entre guelfos e gibelinos tornou-se obsoleto e isso ficou
evidente com a eleição do Papa Paulo V, nascido Príncipe Camillo Borghese, eleito
em 16 de maio de 1605, coroado em 29 de maio de 1605, 233º Papa da Igreja
Católica e 141º soberano de os Estados Pontifícios de 1605 até a sua morte, o
primeiro Sumo Pontífice a colocar em seu Brasão a" águia-imperial
-em-chefe “, um símbolo gibelino.
E com isso eu encerro essa conversa sobre os Guelfos
e Gibelinos, que considero suas histórias como os episódios chatíssimos da
História da Humanidade.
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