terça-feira, 9 de dezembro de 2014

41- CONVERSA- Família senatorial galoromana e os Bispos na Gália. Autor: José Rivair Macedo

Família senatorial galoromana e os Bispos na Gália.

Um grande escrito sobre o tema consta do artigo publicado no periódico Anos 90: Revista do Programa de Pós-Graduação em História – UFRGS de autoria de José Rivair Macedo:
A História dos Francos, por vezes designada História Eclesiástica dos Francos, ocupa lugar de destaque entre as fontes documentais do reino merovíngio e dos povos bárbaros do Ocidente cristão. Tal posição deve-se em parte à exiguidade de textos conservados relativos a este período da história europeia e, em parte, graças à riqueza das informações fornecidas e a amplitude dos temas tratados. Há consenso quanto ao fato de que a obra em questão seja o mais importante testemunho concernente ao século VI, e que tenha exercido considerável influência no modo de se escrever a história adotado nos séculos posteriores da Idade Média.
O autor chamava-se Georgius Florentius Gregorius.
Nasceu na cidade de Clermont em 539 e faleceu em Tours no ano 594. Pertenceu à nobreza senatorial galoromana da região de Auvergne: o pai era membro do senado municipal em Arvernes, enquanto familiares pelo lado materno integravam o senado em Bourges; alguns parentes próximos foram bispos em Lyon, Langres e Clermont e, dos dezoito bispos da diocese de Tours, treze faziam parte de sua família. Isto certamente teve peso decisivo na sua carreira eclesiástica uma vez que em 564 veio a ser integrado aos quadros da Igreja e, em 573, era indicado ao bispado de Tours. No cargo, teve a possibilidade de participar ativamente dos problemas políticos, administrativos e religiosos da região em que vivera, e de atuar junto aos reis francos (Ganshof, 1970, II, p. 635).
[Destaque meu]
Integrante da elite intelectual da época, Gregório de Tours elaborou certo número de pequenas obras de cunho hagiográrfico, entre as quais In Gloria Martyrum, In Gloria Confessorum e Vita Patrum, mas dedicou maior atenção e dispendeu maiores esforços na composição da vasta crônica nomeada Decem Libri Historiarum, à qual os eruditos modernos denominaram Historia Francorum. Cada um dos dez livros que perfazem a totalidade da obra aparecem subdivididos em média por quarenta capítulos curtos, dedicados ao tratamento dos episódios marcantes ou a conjuntos de informações ligadas entre si atinentes a um mesmo assunto da história do reino franco.
TEMPO, PROVIDÊNCIIA E APOCALIPSE NA HISTORIA FRANCORUM, DE GREGÓRIO DE TOURS, de
José Rivair Macedo, PPG História/UFRGS -.




















Nenhum comentário:

Postar um comentário