quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

60- CONVERSA- Armand Jean du Plessis, Cardeal-duque de Richelieu e de Fronsac, homem a serviço da Monarquia absoluta e pela França. Parte VI

 Richelieu e os gatos amados, figurativo do inicio dos seculo XX

No Blog JORGE EDUARDO FONTES GARCIA - IN FOCUS - NOTICIAS E COMENTÁRIO DO BRASIL E DO MUNDO, eu publique em 9 de setembro de 2014, o texto abaixo:

EFEMÉRIDES – 9 DE SETEMBRO – AUTOR: JORGE EDUARDO FONTES GARCIA
Hoje é o dia de um grande homem, de um vero estadista, e seu nome é Armand Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu, Duque de Richelieu e de Fronsac, Cardeal da Santa Igreja Romana e
Primeiro-ministro da França, na realidade “A função desempenhada por Richelieu para Louis XIII é muitas vezes referida como a de um “primeiro-ministro” moderno, embora o título usado era o de Ministro-chefe do Rei, mas não era nada igual aos tempos hodiernos, pois seu trabalho era realizado em todas as diversas ações de governo, bem como as ações no campo da cultura e das artes, portanto as delegações de poder eram pouquíssimas”.
Exerceu, em diversas épocas, os cargos de:
Bispo Luzon 18 de dezembro de 1606, Bispo Emérito de Luzon, em 1622 eleito Diretor da Sorbonne, Abade de Cluny e geral (coadjutor de 1627), Abade de Cister (coadjutor de 1627), Par de França, Grão-Mestre da França (francês: Grande Maître de France) ou seja, Chefe da Casa do Rei, Chefe e superintendente geral da navegação e do comércio da França, ministro dos Negócios Estrangeiros, Secretário de Estado da Guerra, Governador da Grã-Bretanha.
Elevado a Cardeal da Santa Igreja Romana pelo Papa Gregório XV em 5 de setembro de 1622.
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 A França tinha uma estrutura política feudal, com os nobres poderosos e uma variedade de leis, dependendo do território ou domínio.
Facções de Nobres e burgueses conspirando contra o Rei;
Eles tinham seus próprios exércitos, e muitas vezes se aliaram com potências estrangeiras contra o Rei.
Para acabar com isso, fortalecer a França com uma Monarquia Absoluta centralizada no Soberano, o Cardeal dedicou toda a sua vida política, subordinando os diversos interesses da Nobreza e do Clero, sempre forte, avido e predador, aos ‘interesses nacionais’, da França, personificados na pessoa do Rei de França,
Isto deu lugar a um Estado centralizado que vemos até os nossos dias, com pouquíssimas diferenças territoriais.
Os êxitos do Cardeal foram muito importantes para o sucessor de Luís XIII, seu filho Luís XIV, que “continuou o trabalho de Richelieu, com a criação de uma monarquia absoluta fortíssima, aprovando leis contra a poderosa e antiga aristocracia e eliminando todos os vestígios de poder de qualquer outro grupo político em França”.
“Richelieu lançou as bases para o futuro Império Colonial Francês e garantiu a posição como uma potência na Europa”.
“Por estes argumentos, Richelieu é uma personalidade Histórica na França, sendo um dos criadores do espírito nacional”.
O historiador e filósofo canadense John Ralston Saul, considera Richelieu " o pai do estado moderno, o poder centralizado e o serviço secreto moderno”.
Richelieu era um famoso protetor da arte.
Autor de vários escritos religiosos e políticos (a mais famosa, a sua política Testamento Financiador de numerosos escritores, como Pierre Corneille.
Amante do teatro, que na época não era considerado respeitável.
Em 1622, Richelieu foi eleito ‘proviseur’ ou diretor da Sorbonne e durante seu mandato, os prédios da universidade foram renovados.
Richelieu construiu um palácio em Paris, o Palais-Cardinal, renomeado Palais Royal, hoje sede do Conselho de Estado, do Conselho Constitucional e do Ministério da Cultura. Na parte de trás dos jardins são os edifícios mais antigos da Biblioteca Nacional da França, e do depósito da biblioteca com um acervo de mais de 6 milhões de livros, documentos, mapas e gravuras, contudo a maioria das coleções mudaram-se para um edifício mais moderno.
Com permissão de Luís XIII, o Cardeal mandou o arquiteto   Jacques Lemercier construiu um castelo e uma cidade na antiga Touraine, uma ex- província da França, que hoje é a cidade de Richelieu, comuna francesa, no departamento de Indre-et-Loire, na Região Centro.
O castelo foi ornado com uma das maiores coleções de arte na Europa, inclusive com as duas esculturas de escravos (o italiano Michelangelo Buonarroti ) e pinturas de Peter Paul Rubens , Nicolas Poussin e Ticiano .
Contudo culturalmente a maior obra legada para a Humanidade por, Armand Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu, Duque de Richelieu e de Fronsac, Cardeal da Santa Igreja Romana e
Primeiro-ministro da França, foi a Académie Française.
L' Académie française foi fundada em 29 de janeiro de 1635 pelo Cardeal com a missão de
"Garantir a língua francesa e realizar atos de patrocínio", isso é “definir o idioma francês, dando-lhe regras, para tornar claro e compreensível para todos”.
No mesmo dia foi criado l’Institut de France e com isso Academia Francesa a ele foi anexada.
A primeira edição do Dicionário da Academia Francesa foi publicada em 1694.
A Academia Francesa reúne as principais figuras da vida cultural: poetas, romancistas, teatrólogos, artistas, críticos, filósofos, historiadores e cientistas que têm mostrado a língua francesa.
E É GRAÇAS A ELA QUE A FRANÇA PODE SER CONSIDERA ATUALMENTE UMA GRANDE POTENCIA.
A ELA E A SEUS MUSEUS.
Senão:
Babau tia chica...
Richelieu, com 57 anos, era doente, sofria de uma estranha febre (para alguma malária, para mim febre nervosa), reumatismo, gota (ele não se movia com as próprias pernas, mas apenas em uma cadeira de palha forrada de seda), tinha hemorroidas (que era muito comum em sua época) o que provocou uma outra doença, a Tenesmus, ou seja, uma sensação constante de que precisa evacuar, apesar de um cólon vazio, o que levou a ter diverticulite, tratada com sangrias que só o debilitavam mais.
Durante o serviço militar pegou gonorreia, que foi mal curada, não havia penicilina naquela época, e o tratamento era terrível, algumas vezes com uma martelada na cabeça do pênis, o que fazia a ‘turma’ fugir dele, o tratamento.
As enxaquecas eram frequentes.
Padecia de Osteíte, uma inflamação por bactérias do osso, que acabou provocando problemas no braço e fistulas pelo corpo.
Os diversos tratamentos, muito primitivo todos eles, o enfraqueceram sobre maneira e cuspindo sangue, acabou morrendo em 4 de dezembro de 1642.
Sua autópsia revelou que a necrose nos pulmões, ou seja, morreu de tuberculose.
Foi sepultado na Capela da Sorbonne, mas seu tumulo foi saqueado durante os Movimentos da Revolução Francesa de 1789 - Alexandre Lenoir, historiador, revolucionário, que tentou em vão que os bens da monarquia não fossem destruídos, tentou fisicamente deter os saqueadores, mas, seu esforço, mais uma vez, foi em vão- e a cabeça mumificada do Cardeal-Duque passou a ser comercializada por um ‘cidadão’ de merda, que desconhecia a história de França e o que ele vez por ela, apelidado de  Cheval, Cavalo, dono de uma mercearia na rue de la Harpe, que acabou a oferendo ao Abbé Boshamp ( abade) que deixou como herança a outro padre, l'Abbé Nicolas Armez, cura em Plourivo, hoje no departamento de Côtes d'Armor , antiga Côtes-du- Nord, na região da Bretanha,  que era tio-avô de Louis Armez, deputado pela região, que trouxe a cabeça mumificada a Paris para mostrar aos seus colegas na Assembleia Nacional.
Em 1846, é encomendado um retrato de corpo inteiro do Cardeal para o Conselho de Estado, baseado na cabeça mumificada, que é exposta a cada ano para os alunos na cerimônia de premiação de um colégio em Saint-Brieuc, hoje no departamento de Côtes d'Armor , antiga Côtes-du- Nord, na região da Bretanha.
Contudo Richelieu encomendou 11 retratos de si mesmo ao pintor Philippe de Champaigne, nascido em Bruxelas, sob o domínio de Espanha, em 26 de maio de 1602, que com isso se tornou seu pintor oficial, que em 1629 recebeu "cartas de naturalização." Decorou o Palais Cardinal (que tornou-se o Palais Royal e hoje abriga o Conselho de Estado, o Conselho Constitucional e do Ministério da Cultura), a abóbada da capela da Sorbonne e outros edifícios pela França, a partir de 1654, ele participou da decoração de Le palais des Tuileries, desta vez sob a direção de Charles Le Brun, e é membro fundador da Academia Real de Pintura e Escultura, faleceu no dia 12 de agosto de 1674, em Paris.
Gian Lorenzo Bernini, ou simplesmente Bernini,o mais famoso escultor de seu tempo, nascido em Nápoles , 07 dezembro 1598 e falecido em  Roma , 28 de novembro de 1680, fez um busto do cardeal agora preservado no museu do Louvre, em galeria de escultura italiana.
François Girardon, nascido em Troyes, hoje e département de l'Aube, région Champagne-Ardenne, em 17de março de 1628, e falecido no dia 1 de setembro de 1715, em Paris, é obviamente um escultor francês, que realizou  as obras : Inverno (1675-1679), mármore, Palácio de Versalhes, Apollo servido pelo Nymphs (1666-1675), com a colaboração de Thomas Regnaudin , grupo de mármore, o Palácio de Versalhes , bosque dos banhos de Apollo, O Rapto de Proserpina por Plutão (1699), mármore, Palácio de Versalhes , o bosque Colonnade, Bacia Saturn (1672-1677), chumbo dourado, Palácio de Versalhes, Louis XIV a cavalo (1692), Paris , Louvre, também, fez a estátua do Cardeal de Richelieu em sua Tumba na Sorbonne. 
Continuemos com a odisseia da cabeça do Grande Homem.
Retorna a Sorbonne, em 15 de dezembro de 1866, numa excepcional cerimônia fúnebre, que conta com presença de Victor Duruy, ministre de l'Instruction publique, e de uma Delegação composta de membros da Academia Francesa, em grande gala.
4 de dezembro de 1971, a cabeça é enterrada na Capela, ao seu lugar original no centro do coro, durante uma cerimônia oficial com a presença de Jacques Duhamel, o ministro da Cultura, organismos oficiais e uma delegação da Academia Francesa.
O Mausoléu de Armand Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu, Duque de Richelieu e de Fronsac, Cardeal da Santa Igreja Romana, Ministro-chefe do Rei Luís XIII, e em mármore de Carrara, encomendado por uma de suas herdeiras, Marie-Madeleine de Vignerot, dame de Combalet, duchesse d’Aiguillon (Duquesa d'Aiguillon), filha de sua irmã Françoise du Plessis, esposa de René de Vignerot, esculpido por François Girardon a partir de desenhos de Le Brun e completado apenas 1694, portanto 52 anos depois da morte do grande homem.
Aliás em La Sorbonne, em 29 agosto de 1622 eleito diretor, Richelieu empreendeu um programa de renovação da faculdade e de sua Capela, destinando 500 000 £ (livres) para tal.
O gato como animal de estimação, o que faz com que eu o considere, mais ainda, uma grande figura.
“Curiosamente, o Cardeal Richelieu contribuiu para gatos como animais de estimação são. Ele montou um gatil no Palais-Cardinal e cronistas que ele sempre tinha um gato no colo, enquanto trabalhava”.
“Em sua morte, ele tinha quatorze gatos, a maioria da raça angorá, cujos nomes chegaram até nós: Félimare, Lúcifer, Ludovic, le Cruel, Ludoviska, Mimi-Piaillon, Mounard-Le- spirituel, Perruque, Ruby-on, Le sauvage Píramo, Tisbe, Racan, Submissive e La Gazeta”.

ERA OU NÃO ERA UMA GRANDE FIGURA?

ERA, É CLARO.



 Mausoléu  na Capela da Sorbonne,
FIM.

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