sexta-feira, 28 de novembro de 2014

2° capitulo- Constantino, o Grande


 2° capitulo
Constantino, o Grande
O filho de Constâncio Cloro e de Helena de Constantinopla.

Durante o Império Romano vários Imperadores eram da Província da Ilíria (Região da Ilíria) e foram chamados de Imperadores ilírios ou «Soldados- Imperadores» que conseguiriam tirar o Império da Crise do Terceiro Século
Foram eles:
Décio - Hostilianus - Claudius II "Gothicus" - Quintillus - Aureliano - Probus - Diocleciano - Maximiano "Herculius" - Galério - Constantino I - Maximino Daia - Flávio Joviano -Valentiniano - Valente -Graciano - Valentiniano II - Marciano -Anastácio I - Flávio Justino - Justiniano I.
Deles o que nos interessa Marcus Aurelius Valerius Claudius Augustus, ou seja, é Claudio, o Gótico.
Ele nasceu em Sirmium, na antiga Província Romana da Panônia, atual Sremska Mitrovica, na província de Voivodina, na Sérvia, região da Ilíria, em 10 de maio de 213 d.C..
Morreu por causa da varíola com 56 anos, na mesma cidade em que nasceu, em junho de 270 d.C..
Claudio era de uma família ilustre que a História Augusta afirma ser parente da Gens Flavia, ou seja, a família de Vespasiano, Tito e Domiciano.
Sextus Aurelius Victor, historiador romano, afirmava que ele era filho natural de Gordiano III, ou Marcus Antonius Gordianus Pius.
E que Marcus Antonius Gordianus Pius era neto do Imperador Giordano I, reinou de 22 de março até 12 de abril de 238 d.C.,
Sobre a mãe dele, Antonia Giordana, se diz que era uma matrona que iniciava moços nas artes sexuais.
A ascendência de Claudio, o Gótico, podia ser ilustre, como podia não ser, o importante é que ele foi um governante diligente que seriamente tentou resolver os graves problemas resultantes dos conflitos entre as diversas forças que dividiam ou compunham o Mundo Romano, um soldado competente que contribuiu para a gloria desse vastíssimo Império Romano.
Manteve excelentes relações com o Senado de Roma o que possibilitou realizar o seu trabalho, mas vamos ao resumo da Vida de Cláudio
250 d. C.- Cláudio tornou-se tribunus militum e foi enviado para a passagem de Termópilas para defender o Peloponeso pelas invasões góticas do período;
253 - 258 d.C. - Sob Valeriano, Imperador Romano de 253 até 260d. C., Cláudio foi tribunus militum da legio Martia V;
258 - 268 d. C. –Sob Valeriano Cláudio foi promovido a comandante em chefe de todos os Romanos da Ilíria (dux totius Illyrici), e só o Imperador tinha mais autoridade do que ele;.
268 d. C. - Claudio participou da conspiração contra Galliano o que lhe valeu a gratidão do Senado Romano e demais autoridades, fato que ajudou a ele para poder realizar bem as suas funções imperiais como já afirmei;
Públio Licínio Inácio Galliano, simplesmente como Galliano, governou o Império Romano como co-Imperador com Valeriano de 253 a 260, e tornou-se nesse ano a único lmperador até 268 d.C..
Galliano tomou o controlo do Império em época de crise.
O seu reinado foi misto, pois se por um lado alcançou algumas vitórias militares, por outro foi incapaz de impedir que muitos dos seus domínios cedessem.
Galliano morreu assassinado em 268, num episódio obscuro para o qual suspeita-se da participação dos generais ilírios, que teriam selecionado Cláudio II como seu sucessor, de acordo com os historiadores bizantinos Zózimo (século V) e Zonaras (século XI).
A História Augusta faz dele vítima de uma conspiração da qual Cláudio estaria ausente, mas como esta fonte também sustenta a ficção genealógica que fazia de Cláudio o antepassado de Constantino I, deve-se ver nisto mais uma relutância em atacar a reputação da Casa de Constantino, Grande, do que uma realidade histórica.
Assim após a morte de Galliano, Claudio foi proclamado Imperador pelas tropas se reuniu em frente Mediolanum (Milão).
Ele tentou seriamente resolver a situação interna difícil, porem tinha que comandar a luta contra as invasões bárbaras.
Combateu com sucesso estes povos limítrofes ao Império em grandes batalhas campais.
Depois que venceu as tribos germânicas dos alamanos e jutungos na Batalha do Lago Benacus, as margens do Lago de Garda, no norte da Itália, no início de 269 d. C..
Foi agraciado com o Grande Vencedor na Germânia, ou Germanicus Maximus.
A tribo germânica jutungos ocupava a região norte dos rios Danúbio e Altmühl, o que é hoje a Baviera.
Foi a luta contra os Godos que estavam devastando a costa da Acaia e do Mar Mediterrâneo.
Como obteve uma vitória esmagadora contra os Godos na Batalha de Naissus, em Nis, atual Sérvia, em 268 a 269 d.C., recebeu o Título que o tornou mais do que famoso, o Il Gothicus, o Conquistador dos godos.
Títulos Imperiais:
1-      Tribunicia potestas: durante 3 anos sendo que recebeu o primeiro em 268 d. C.;
2-      Consulado: por 3 vezes: em 268, em 269 e no ano 270 d. C.;
Títulos vitoriosos:
A)    Germanicus Maximus em 269 d. C.;
B)     Gothicus Maximus verão de 270 d. C.;
C)     Parthicus Maximus em 270 d.C.;
D)    Salutatio imperatória: no momento da ascensão ao Poder Imperial;
Outros títulos:
a-      Pontifex Maximus;
b-      Pater Patriae;
c-      Victor;
d-      Pius;
e-      Felix;
f-       Proconsul;
g-      Invictus.
Claudio, o Gótico herdou de Aureliano e Galliano um Império Romano que lutava para se manter unificado, por isso   em seu curto período desenvolveu um trabalho intenso para a segurança das fronteiras e reconstrução econômica iniciada, portanto qual o Imperador que não gostaria de tê-lo em sua ascendência?
Vamos aos fatos em relação a Constâncio Cloro e por via de consequência a Constantino, o Grande, ou Magno.
História Augusta relata que:
1-      Claudio não teve filhos;
2-      Seu irmão Quintillo, Imperador por três semanas, teve dois, mas não revela os nomes;
3-      O outro irmão Crispus casou com uma nobre desconhecida de origem dardana, a Dardânia uma antiga região dos Balcãs, e tiveram Cláudia que casou com Eutropio.
Eutropio e Claudia são citados como os pais de Constâncio Cloro.
4-      Constantina, casada com um oficial dos assírios, que morreu jovem e sem filhos.
Eutropio e Claudia são citados como os pais de Constâncio Cloro e quem foi esse?

Flavio ​​Valério Constâncio - Flavius Valerius Constantius - mais conhecido como Constâncio Cloro.
Nasceu na Dardania, Illyria, 31 de março 250 d. C..
Faleceu em Eboracum (hoje York, Inglaterra, 25 de julho de 306 d. C..
Imperador Romano durante o Tetrarquia.
Pai de Constantino, o Grande.
“Conhecido na história como Chlorus ("pallido") – Cloro que quer dizer "pálido" -  um epíteto que lhe foi dada pelos historiadores bizantinos.
Fez carreira no exército romano:
a-      Protetor – membro da Guarda Imperial - dos Imperadores Aureliano e Probus;
b-      Tribunus e praeses Dalmatiarum (governador da Dalmácia), sob o Imperador Caro;
c-      Prefetto del pretorio - præfectus prætorio – comandante da Guarda Pretoriana do Imperador Maximiano;
d-       Comandou o exército enviado para combater Carausius - um usurpador que detinha o poder na Grã-Bretanha romana e que controlava o estuário do Rio Reno. Carausius esperava ser atacado pelo Mar, contudo Constâncio Cloro atravessou ao Europa atingido o Mar do Norte por terra.
Em sua passagem destruía tudo que encontrava espalhando assim o terror.
Selada a paz no continente recolocou no Trono dos Francos o deposto Gennobaude, todavia não derrotou o Usurpador Carausius.

Com a vitória foi elevado por Maximiano Cesar e vice Imperador na parte Ocidental do Império, e Diocleciano fez o mesmo com Galério na parte Oriental do Império.
Foi estabelecida assim a "Tetrarquia", ou "governo de quatro", cada Imperador tinha autoridade sobre um quarto do Império, embora nominalmente fosse um governo conjunto.
Constâncio Cloro havia se casado com a filha de Maximiano, Theodora, e por isso lhe deram para governar a Gália e Grã-Bretanha, e foi dado a entender que ele deveria ter sucesso derrotado Carausius.
Constâncio Cloro não se fez de rogado e partiu para luta.
Expulsou as forças da Carausius do norte da Gália.
O Usurpador - indivíduos que pretenderam assumir o título de imperador romano contra os legítimos ocupantes do cargo – de nome Marco Aurelio Mauseo Carausio, dito Carausius, com apoio de parte dos Francos, assumiu o Império da Britânia, com o Título de Imperador na Britânia e do Norte da Gália.
Imperou por sete anos antes de ser assassinado por seu tesoureiro, Allecto, que o sucedeu.
O Usurpador Allecto assumiu o Império da Britânia, com o Título de Imperador na Britânia e do Norte da Gália.
Allecto acabou sendo derrotado e morto em batalha (talvez Silchester) por Júlio Asclepiodotus, prefeito pretoriano de Constâncio Cloro.
Constâncio marcha pelos estuários dos rios Reno e da Sheldt, vencendo os aliados francos de Carausius e com isso recebeu o Título de Germanicus Maximus.
Constâncio lançou a invasão da Grã-Bretanha.
Ancorou perto Dubris (Dover) e marchou sobre Londinium (Londres), onde foi recebido como um libertador pela população.
Durante as perseguições dos cristãos em 303 d. C. iniciada a 23 de fevereiro, realizado com ferocidade por ordem de Diocleciano especialmente no Oriente, onde a religião cristã tornou-se consideravelmente generalizada, não houve grandes manifestações de violência devido ao espirito tolerante de Constâncio Cloro, e segundo alguns por influência de Helena, a mãe de Constantino, nascido em 274 d. C., de quem falaremos mais adiante.
Diocleciano e Maximiano se retiram do Poder em 1 de maio de 305, Constâncio Cloro é proclamado Augusto Imperador, designando como sucessor a Flavius ​​Valerius Severo com o Título de Cesar.
Títulos e consulados de Constâncio Cloro:
293: aceita a posição de Cesar e o título de Germanicus Maximus, no momento da criação da tetrarquia;
294: cônsul, juntamente com Galério e aceite o título de maximus sarmaticus por uma vitória de Diocleciano;
295: aceita o título Persicus maximus por uma vitória de Galério;
296: cônsul, juntamente com Diocleciano e aceite o título Britannicus maximus pela vitória sobre do Alecto e Carpicus maximus por uma vitória de Diocleciano;
298: aceita os títulos Medicus Maximus, Adiabenicus Persicus maximus por uma vitória de Galério;
300: cônsul, juntamente com Galério e aceite o título maximus Sarmaticus II, pela segunda vez, por uma vitória de Galério;
301: aceita o título de Germanicus Maximus II por sua vitória sobre os alemães e Carpicus maximus por uma vitória de Galério;
302: cônsul pela 4 vez, juntamente com Galério e aceite os títulos Germanicus Maximus Sarmaticus maximus, Carpicus maximus, todos pela terceira vez;
303: aceita os títulos Germanicus maximus, maximus Carpicus pela quarta vez; 
304: aceita os títulos Germanicus maximus, maximus Carpicus pela quinta vez;
305: cônsul pela quinta vez, juntamente com Galério e aceite o título Britannicus Maximus pela segunda vez;
306: cônsul pela sexta vez, juntamente com Galério.


Eusébio de Cesareia (* 265 - + Cesareia Marítima, 30 de maio de 339) (chamado também de Eusebius Pamphili, "Eusébio amigo de Pânfilo") , Pai da História da Igreja,  Bispo de Cesareia e cujos  escritos estão os primeiros relatos quanto à história do Cristianismo primitivo, em sua Vita Constantini, uma biografia de Constantino, o Grande, afirma que Constâncio Cloro era um cristão que se fingia de pagão para sobreviver e poder defender a Igreja Nascente em seus domínios, tanto que a uma filha deu o nome de Anastácia que significa “ ressureição”, contudo “ na ausência de dados confiáveis ​​a grande maioria dos historiadores acreditam que Constâncio Cloro, como todos os Imperadores de Aureliano até Constantino, foi bastante um adepto do culto do Sol Invictus”.




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